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18 mai 2011

Gastos com atrasados do "Auxílio-Moradia" dos magistrados dariam pra pagar 27% aos servidores da justiça gaúcha durante 4 anos!

Apesar de todo arrocho salarial que padecemos (que leva embora 1.500 reais por mês de cada Oficial Escrevente) e da crônica falta de servidores, conforme se pode constatar na reunião do Conselho de Representantes do dia 12, ainda há companheiros em algumas comarcas que abdicariam da exigência de reajuste imediato de 27%, desde que o Tribunal se propusesse a conceder a esmola oferecida em contraproposta (os 12%) em uma única parcela, assim como aqueles que acreditam que a categoria não está ainda suficientemente "madura" para deflagrar uma greve em favor da recuperação de metade das perdas, data-base e política salarial anual de recuperação integral da inflação.

Muitos, mesmo sofrendo dioturnamente com os salários insuficientes sequer para honrar as contas assumidas, e com a avalanche de processos se acumulando (apesar de todo esforço) pelas paredes e corredores dos cartórios, desanimam frente às afirmações do Tribunal de que não há recursos para pagar a reposição que reivindicamos (e de que necessitamos urgentemente) e se inclinam a abir mão dela em troca de qualquer "avanço" na contraproposta patronal.

A verdade, entretanto, é de que há dinheiro sim para bancar os 27%, a data-base e a política salarial (que nada mais que o cumprimento estrito e obrigatório do garantido no art. 37, X da Constituição Federal).  E que se, há mais de vinte anos, não nos é reposta sequer a inflação, isto é consequência de uma política de pessoal injusta do Tribunal que concede privilégios muito superiores a simples desvalorização dos salários à magistratura, restando para os servidores uma fatia orçamentária insuficiente à recomposição de suas perdas. Menos do que uma questão financeira, é uma questão de opção política da administração do Judiciário, para a qual, evidentemente, não constituímos a prioridade.

A maior prova disto é que, se a administração do TJ pretendia, no início do ano, nos "brindar" com os tradicionais "reajustes" de 4% ou 5%, diante das manifestações de revolta e inconformidade da massa dos trabalhadores da justiça, expressa nas paralisações de abril, conseguiu, num "passe de mágica" achar dinheiro para propor os malfadados 12%. A conclusão é que, se aprofundarmos a pressão além das horas diárias de paralisação (que vem contando com adesão praticamente unânime dos servidores pelo Estado afora), da cartola de onde saíram os 12% há de aparecer bem mais. Basta que nos mantenhamos firmes de modo a fazer o patrão ver que despertamos, não estamos mais dispostos a brincadeira e faremos tudo o que for necessário até sermos antendidos.

CAXIAS
comarca de Caxias paralisada em 18/5/2011

E não é preciso que o Tribunal faça muitos números de "magia" para encontrar a grana. Conforme amplamente noticiado no final do ano passado (blog da Rosane de Oliveira), o gasto com a injustificável "Parcela Autônoma de Equivalência" - PAE (nome por que atende a "indenização" auto-concedida de parcelas retroativas de "auxílio-moradia" não pago a juízes e desembargadores nos anos 1990) deverá consumir um total de 600 milhões de reais.

O Tribunal de Contas do Estado, por sua vez, divulgou, no primeiro semestre de 2010, o resultado de auditoria nas contas do Judiciário do Rio Grande do Sul onde se constata que os gastos mensais com a folha de pagamento dos servidores ativos, em abril do ano passado (antes da última "reposição" salarial de 4,76%, portanto) totalizava R$ 43.476.001,93, que acrescidos dos 4,76% representam, hoje R$ 45.545.459,62.

Conforme estes números, a reposição de 27% importaria num gasto de R$ 12.297.274,10 ao mês ( R$ 45.545.459,62 x 27%).

Se, ao invés de torrar R$ 600 milhões com o "auxílio-moradia" dos privilegiados (cujo pretenso caráter "alimentar", injustificável quando os próprios servidores sempre pagaram aluguel do seu bolso, se esfumaçou há mais de quinze anos) o Tribunal utilizasse este dinheiro (que, como parcela "indenizatória" sequer é submetido aos limites da "lei de responsabilidade fiscal) para nos pagar os 27%, seria possível, portanto, fazê-lo durante 48 meses e 23 dias, ou seja, por 4 anos contínuos e ininterruptos!(R$ 600 milhões divididos pelos 12, 297 milhões necessários para os 27%)

Se compararmos o total que será pago a um juiz de entrância intermediária ( R$ 607.982,99), conforme o próprio ofício-circular 003/2010 da Secretária da Presidência do TJ/RS, com os 27% do básico de um oficial escrevente da mesma  entrância (R$ 748,71) o resultado da divisão é ainda mais absurdo e inacreditável! O "penduricalho" a ser recebido pelo magistrado possibilitaria ao esfalfado peão receber o reajuste para o qual o Tribunal alega não ter dinheiro por nada mais que 812 meses, ou seja, por 67 anos!

Paralisa__o_Gravata_17_5_2011
comarca de Gravataí paralisada em 17/5/2011

Dinheiro para COMEÇAR  a nos pagar um salário digno, portanto, há (e muito!) nos cofres do Judiciário, desde que sua alta administração foque seus olhares nos sofridos trabalhadores que conseguem, apesar de toda precariedade de sua vida e condição de trabalho, fazer do judiciário do Rio Grande do Sul o melhor do Brasil, e ceda um pouco dos tantos privilégios com que tem cumulado os magistrados. E isto sem gastar um único centavo a mais do orçamento!

Se o companheiro ainda tem dúvidas, portanto, quanto à possibilidade de forçar o patrão Judiciário a nos conceder um mínimo de justiça, com 27% já, data-base, inflação integral todo ano e recuperação integral das perdas a médio prazo, saiba que falta somente a tua coragem, se somando aos milhares de companheiros inconformados que despertaram para a consciência e a coragem nas últimas paralisações, e deflagrando a maior greve da história do judiciário, que é o único meio de garantir o fim da injustiça e o início de uma nova vida, digna de gente, para todos nós.

Nenhuma contraproposta inferior a 27%, data-base e inflação integral é decente, portanto! Todos à Assembléia Geral de 20 de maio em Porto Alegre!

É 27% JÁ OU A JUSTIÇA VAI PARAR!

movimento indignação

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11 mai 2011

Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul propõe 12% parcelado em 3 vezes até 2012.É GREVE ATÉ OS 27%!

Reproduzimos abaixo a notícia há pouco publicada no site do Tribunal de Justiça:

Presidente apresenta índice de reajuste ao Sindjus

O Presidente do Tribunal de Justiça, Desembargador Leo Lima, reuniu-se esta tarde (11/5) com dirigentes do Sindicato dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul (Sindjus), quando apresentou os índices de reajuste à categoria, proposta que será transformada em Projeto de Lei a ser enviado para análise e votação da Assembleia Legislativa.


Des. Leo Lima (centro) recebeu os dirigentes do Sinjus em seu gabinete no TJ
(Foto: Mário Salgado) 
  

A proposta – que teve uma pequena mudança na ordem das parcelas, a pedido do Sindjus – prevê um reajuste de 12%, desdobrada em três parcelas: 5% em julho, 3,56% em outubro e 3% em janeiro de 2012. Com este percentual o reajuste da atual Administração do TJ soma 17,33%, pois no ano passado foram concedidos 4,76%.

O Desembargador Leo Lima afirmou que a proposta apresentada ao Sindijus é resultado do esforço máximo da Administração do Tribunal de Justiça. “Solicitei à Assessoria da Presidência para que se alcançasse o índice máximo possível a fim de beneficiar os servidores dentro das possibilidades do Poder Judiciário”, acrescentou. 

O Diretor-Geral do TJ, Omar Jacques Amorim, lembrou que os percentuais estavam sendo apresentados no momento em que a Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) ainda se encontra em fase de discussão. Participou ainda da audiência o Juiz-Assessor da Presidência do TJ, Antonio Vinicius Amaro da Silveira.


 

EXPEDIENTE
Texto: Gilberto Jasper
Assessora-Coordenadora de Imprensa: Adriana Arend
imprensa@tj.rs.gov.br
 

 


Como os companheiros podem constatar com seus próprios olhos, o patrão, do alto do Olimpo, onde se reunem seus dirigentes, acaba de perpetrar o deboche do ano diante das dificuldades absurdas enfrentadas diaramente pelos servidores.

Mesmo com o clamor erguido de praticamente todo o Estado nas últimas paralisações, o Tribunal de Justiça optou por continuar menosprezando o nosso sacrifício e tem a coragem de dizer que está fazendo o maior esforço possível para conceder um reajuste que não chega nem à metade do reivindicado e nem à quarta parte das perdas acumuladas, e que, picado em prestações, haverá de chegar à última parcela (em janeiro do próximo ano) com, no mínimo, metade de seu valor corroído pela inflação. Ou seja, quando nos pagarem a última prestação, o total de reposição já estará equivalendo a tão somente 6%.

Realmente, a cúpula do Tribunal, tradicionalmente preocupada em conceder e preservar privilégios da magistratura, deve estar fazendo um esforço enorme para diminuir a quantidade de caviar que seus filhos levam na lancheira pra escola particular, a fim de que os pobres servidores não reclamem mais de seus salários.

É simplesmente inadmissível, com todo sofrimento porque passamos, com a montanha de dinheiro que deixamos de receber (que chega a 100 mil reais para cada oficial escrevente, levando em conta só o salário básico, desde 2008) , e a vida perdida, nos últimos anos pela falta de reposição da simples inflação, que o nosso patrão não tenha a sensibilidade sequer de propor uma política salarial razoável e racional, desconhecendo as necessidades mínimas de seus trabalhadores e perpetuando a prática absurda de não garantir, de uma vez, via lei, a reposição total da inflação daqui pra frente, que já  estancaria, para os períodos futuros, o drama da desvalorização salarial.

Não é possível, depois de toda luta que temos tido nos últimos tempos, que engulamos esta proposta indecente e nos recolhamos, cabisbaixos e "agradecidos", aos nossos cartórios, para continuar a agarrar um touro pelas guampas todo dia, com a pilha de processos ameçando cair, as partes pressionando diretamente no balcão e os servidores morrendo na porta do foro ou em pleno cartório de infarto, estresse e falta de condições de vida.

Somente a concessão dos 27% agora, do restante em um ano, e a garantia expressa de recuperação DE TODA A INFLAÇÃO ANUAL, a partir deste momento, pode redimir a nossa desgraça. Se o Tribunal é surdo a esta realidade, se prefere apostar na perpetuação da falência e da vida de cachorro dos servidores (que outra coisa não é atirar-nos mais um índice de reajuste insuficiente e ridículo), só nos resta nos fazer ouvir com um barulho maior ainda, até que o patrão ceda à razão lógica. E este brado somente tem condições de se realizar, e chegar ao resultado que queremos, através da greve!

A direção do Sindjus-RS, entretanto, ao invés de se fazer respeitar, e honrar a representação que lhe deu a categoria, teve ainda a coragem de aceitar, sem consultar a ninguém, o índice oferecido e pedir a inversão de uma das parcelas a ser paga, pensando em "melhorar" a indecência proposta. Tudo indica, portanto, que amanhã, na reunião de representes, nossos caros dirigentes, mais do que nunca próximos do que se poder qualificar, infelizmente, de TRAIDORES, tentarão impingir aos presentes a aceitação do índice absurdo. Não podemos nos deixar levar por quaisquer argumentos, por mais elaborados e demagógicos que sejam, e permitir que nossas famílias continuem padecendo uma vida indigna de gente por mais vinte anos, pela inexistência de uma política salarial que recupere a inflação a cada ano e pela postergação da recuperação definitiva da perda histórica, que não seria nenhum privilégio, mas apenas a devolução do que era nosso, deveria continuar sendo, e foi roubado pela inflação (e sonegado pelo patrão) há mais de vinte anos.

Companheiro: diga para seu representante que 12% parcelado é uma indecência inaceitável e que amanhã só resta decidirmos por dar prazo até 20 de maio para o Tribunal pensar melhor e ceder à nossa reivindicação! Ficando desde já convocada Assembléia Geral para aquela data, com INDICATIVO DE GREVE caso o patrão persista no deboche que é o índice oferecido.

MOVIMENTO
      INDIGNAÇÃO

11 mai 2011

Nenhuma proposta inferior a 27% (e que não contemple reposição integral da inflação futura) é decente

Não vamos hoje repisar pela centésima vez o drama da grande maioria dos servidores da justiça gaúcha, endividados até os olhos (sem conseguir manter condignamente suas casas) e submetidos à possibilidade de ver cair, a todo instante, uma montanha de processos sobre sua cabeça. Isto porque esta realidade é por demais conhecida, não constitui novidade nenhuma para 99% da categoria, que a sente no couro diariamente há anos.

Hoje, a algumas horas da apresentação pelo patrão judiciário de sua "proposta" de reposição salarial, queremos abordar não as mazelas, mas a sua causa, para podermos, combatendo a origem, remediar o mal presente e preveni-lo no futuro.

E o fato é que a enorme defasagem salarial presente é resultado da insuficiência das reposições passadas frente ao processo inflacionário (leia-se desvalorização dos salários) que nunca foi integralmente reposto desde os idos de 1990. O que é consequência direta da inexistência de uma "política salarial" definida que contemple o mínimo justo e admissível que é, como fazemos nos cálculos de débitos judiciais, a reposição integral, a cada ano, da desvalorização salarial decorrente da inflação. Em termos simples e populares, o reajustamento dos salários segundo a inflação (no nosso caso, o IGPM) dos últimos doze meses.

Tivesse o Tribunal de Justiça, desde o plano Collor, adotado tal medida, simples e justa, e hoje estaríamos sem nenhuma perda inflacionária a ser recuperada além daquela ocorrida desde o ano passado, e nossos salários, repostos na fatia engolida pela alta dos preços, nos permitiriam uma vida bem diferente da eterna correria atrás do crédito, do sobressalto pela incapacidade de pagamento dos empréstimos, e de possibilidades dignas e humanas de alimentação, vestuário, educação e lazer para nós e nossas famílias.

Mas a reposição anual integral da inflação não é apenas uma medida técnica de justiça, inquestionável, que deveria ser aplicada ao bolso dos trabalhadores, como o é às dívidas, preços e negócios. Ela está determinada na própria Constituição Federal (art. 37, X), que prevê a revisão anual dos vencimentos e subsídios de servidores e membros de poderes, em índice único. Para implementá-la, bastaria que uma lei estadual definisse qual o índice e qual o dia do ano em que seria praticada. Índice este que, para plena justiça e para evitar empobrecimento econômico dos trabalhadores, não pode, jamais, ser outro que a integralidade da inflação.

O Tribunal, portanto, ao nos impor, há décadas, reajustes inferiores à inflação, tem, além de tudo, descumprido e rasgado escancaradamente uma dispositivo da Lei Maior do País, à qual lhe caberia zelar e fazer cumprir. E não se trata de um dispositivo qualquer, que envolva questões eventualmente particulares deste ou daquele grupo restrito da sociedade. Trata-se de direito que envolve a dignidade e a condição de vida de uma coletividade de milhares de seres humanos, de uma classe de trabalhadores, de alcance e interesse social inegáveis, portanto, e que está relacionada diretamente com os direitos básicos do ser humano.

Por que, então, um órgão do Poder Judiciário, cuja missão é, dentro da ordem constitucional e legal, "distribuir justiça", fazer cumprir a lei e garantir, no regime democrático, o cumprimento das normas deliberadas pelo povo, através de seus representantes, opta por não levar em conta nada disto e impõe a seus trabalhadores uma triste realidade de precariedade financeira e péssimas condições de vida? A resposta tradicional seria a "eterna crise orçamentário do Estado". Entretanto, a Constituição e as leis complementares, não autorizam, em momento algum, seu descumprimento sob este pretexto. E, se examinarmos, a realidade da política de pessoal do Judiciário, nos últimos dez anos, por exemplo, constataremos que não há a menor uniformidade no tratamento das duas classes que recebem vencimentos do poder.

Analisando o período referido, se verifica que até o ano de 2003 os salários de ambas as classes sofreram reajustes iguais. Mas, a partir de 2008, com a implantação do sistema de subsídios (que significou para muitos magistrados uma elevação de até 70% em seus vencimentos) o Tribunal passou a privilegiar, claramente, a magistratura em detrimento dos servidores. Enquanto nos empurravam boca abaixo um reajuste ínfimo de 4,76% em julho de 2010, juízes e desembargadores embolsavam um reajuste, retroativo a 1º de setembro de 2009, de 8,88% e passaram a gozar, a partir de fevereiro de 2010, de uma polpuda indenização de "auxílio-moradia" retroativo à década de 1990, auto-concedida, sem passar sequer pelo crivo da Assembléia Legislativa.

Disto resulta que, enquanto os magistrados significam cerca de 9% do contingente que compõe a folha de pagamento do Judiciário, o total de suas remunerações se aproxima de 40% do total gasto pelo poder, restando para os 91% restantes (os servidores) os outros 60%. Como uma cobra gibóia abocanham uma fatia da folha bem maior do que o seu peso no total de cargos, resultando em vencimentos que vão de R$ 17 mil a R$ 30 mil, bem diferentes dos dos servidores, num abismo de diferenciação que reproduz a própria injustiça da sociedade brasileira, que é uma das piores no quesito distribuição de renda e desigualdade social do mundo.

Enquanto o filho do juiz ou do desembargador pode comer caviar na merenda escolar, o filho do servidor abre a boca admirado quando pode levar um lanchinho para a escola e quando ganha um par de sapatos novos, após séculos de uso do mesmo calçado, desgastado e furado.

Existe, portanto, uma política deliberada que privilegia a uns, enquanto outros padecem a dificuldade.

Não se pode, portanto, a esta altura, se pensar em aceitar qualquer proposta salarial que não contemple, pelo menos, a determinação expressa em lei de uma política salarial que recupere totalmente a inflação a cada ano, que reponha imediatamente, a metade da perda histórica (27%) e que recupere o restante em no máximo um ano, em parcelas semestrais. Afinal estamos vivendo em plena aceleração inflacionária e o IGPM já começa a acumular, nos últimos doze meses, quase  11%, corroendo totalmente qualquer reposição pífia que gravite em torno deste valor ou seja inferior. Qualquer proposta diferente, que não combata as causas do mal, o perpetuará por outros tantos 20 anos.

Se os diretores do Sindjus querem nos enrolar novamente, se, em combinação com o próprio patrão, pretendem que analisemos e deliberamos, de afogadilho, a proposta a ser revelada hoje à tarde, em uma reunião restrita no dia de amanhã, não cabe, a nós trabalhadores do judiciário, diante da consciência plena adquirida da injustiça de nossa situação, e de suas evidentes causas, senão passar por cima das manobras de patrão e dirigentes sindicais, e, rejeitando qualquer proposta inferior aos 27% (e que não contemple a reposição anual da inflação), radicalizar a nossa luta, até que sejamos ouvidos e atendidos, tratados como gente, como trabalhadores dedicados e sofridos que merecem a devida recompensa. E para isto é necessário que deliberemos, amanhã, a convocação imediata de uma ASSEMBLÉIA GERAL COM INDICATIVO DE GREVE para 20 de maio, prazo mais do que suficiente para que o Tribunal atenda às nossas reivindicações de forma integral.

MOVIMENTO
    INDIGNAÇÃO

9 mai 2011

Direção do Sindjus-RS se afasta da categoria e mantém reunião de representantes para avaliar o reajuste. ASSEMBLÉIA GERAL JÁ!

É inacreditável! Mas num momento em que toda a categoria dos trabalhadores da justiça gaúcha espera agilidade e combatividade de seus dirigentes, em que deseja ansiosamente se reunir numa Assembléia Geral (a quem compete, inclusive, pelo art. 67, III do Estatuto do Sindjus, discutir o assunto) para deflagrar mobilizações mais contundentes pela concessão de uma reposição digna, e pela garantia da recuperação da inflação futura daqui para frente, a direção do Sindjus, pressionada por inúmeros e-mails recebidos do interior, simplesmente emitiu nota no site da entidade rechaçando os pedidos da categoria mobilizada e tentando caracterizá-las como obra de uma horrenda conspiração de grupelhos oportunistas, notadamente da oposição.

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Protesto dos Colegas de Planalto

Não sabemos se tal atitude foi resultado de alguns e-mails equivocados, emitidos por militantes independentes, que pretendiam forçar uma assembléia geral paralela à reunião do dia 12 (sem viabilidade legal e prática), ou se, por se encontrar embretada em algum possível conchavo já acertado com o Tribunal, a direção do sindicato quer reeditar o expediente de forçar a aceitação do índice em instância restrita. Seja como for, este não é o momento de se discutir as más ou boas ações de gestões passadas e de esconder a má vontade em se sintonizar com o nível de inconformidade, mobilização e exigência dos servidores atrás de pretensas dispustas pré-eleitorais, que absolutamente não existem.

Todos sabemos que o Tribunal não cederá gratuitamente às exigências ABSOLUTAMENTE NECESSÁRIAS  de se recuperar imediatamente a metade das perdas (27%) e se colocar em lei a reposição anual (já garantida na Constituição Federal) para evitar que os nossos salários continuem a se corroer cada vez mais, a cada ano, em cada mal fadado e custoso processo de negociação, que seria desnecessário se o patrão judiciário simplesmente cumprisse a norma a respeito do assunto, prevista na LEI MAIOR DO PAÍS, a qual lhe cabe resguardar, defender e fazer cumprir, e não RASGAR, recalcitrando teimosamente todo ano em tão somente repor o poder de compra que nos foi surrupiado pela alta dos preços.

S_O

Mobilização dos Colegas de São Gabriel

O nosso patrão sabe que a maioria dos servidores está revoltada com a situação dos seus salários, e suas condições objetivas de trabalho, e que está disposta a tudo para alterar este quadro absurdo. Mas, como todo patrão, aposta na desistência pelo cansaço, se faz de surdo e rema para trás, a fim de não fazer o que estamos reivindicando. Se não aprofundarmos as mobilizações, aumentando o número de horas e dias de paralisações (e até mesmo deflagrando a greve por tempo indeterminado) acabaremos por assistir o mesmo e eterno circo que se passa há mais de vinte anos. Ou seja, teremos de engolir qualquer reajuste de 4% ou 5% (ou quem sabe de 13% parcelado em umas quantas vezes), mas não veremos a recuperação necessária de boa parte da perda (que faz a diferença concretas nas nossas carteiras), nem a garantia da reposição do restante e de uma política salarial justa e digna daqui pra diante.

O cenário é, portanto, muito grave, importa em decisões ágeis, sérias, firmes e imediatas, que envolvem a vida de todos, e quanto maior o número de participantes na deliberação destas decisões, tanto mais possibilidade nossas futuras ações terão de chegar a algum resultado. Não se justifica, portanto, a realização de uma restrita reunião do Conselho de Representantes, quando a Assembléia Geral seria o instrumento ideal e necessário para a análise de toda a riqueza de situações e opiniões que envolvem os rumos da mobilização e o futuro de nossas famílias, numa oportunidade única, em que a grande massa dos trabalhadores, após anos, despertou da apatia e está pronta para lutar até o fim pelo que é o seu direito. Não podemos esperar por mais e mais reuniões que apenas encaminharão o debate para outras instâncias mais amplas ou não terão as condições necessários, pelo número restrito de presentes, a encaminhar a luta de forma eficaz.

Ninguém entende por que não se convoca logo uma Assembléia Geral para a próxima sexta-feira. Ao menos é claro que nossos dirigentes sindicais pretendam frear a luta da categoria e, quem sabe, forçar a aceitação de qualquer índice de reajuste, imposto de qualquer maneira pelo patrão, hipótese em que não podemos, nem queremos, acreditar, mas se torna plausível na medida em que a matéria de hoje do site do Sindjus se empenha num pugilato virulento com pretensas forças de oposição sindical.

GIRUA

Paralização em Giruá

O Movimento Indignação, ainda que tenha concorrido, e sido democraticamente derrotado, nas eleições para a direção do sindicato, em 2010, se posiciona neste momento, como se sempre se posicionou, a favor dos interesses maiores dos trabalhadores da justiça, de que fazemos parte, sem qualquer vinculação a grupos ou partidos políticos de fora da categoria, e entende que somente a Assembléia Geral dia 13 de maio poderia, com o debate mais amplo e democrático possível, ouvindo aos milhares de trabalhadores que estão dispostas a nela comparecer (e, pela sua própria presença, demonstrar a força de pressão que há de subjugar a má vontade do Tribunal de Justiça), encaminhar a luta de uma forte consequente, responsável e eficaz, ao invés de perdermos mais tempo em tergiversações, que só servem às manobras patronais. E não compreende, mesmo sendo oposição, que os atuais dirigentes do Sindjus não tenham sensibilidade para ver que este é o caminho para a vitória das reivindicações dos servidores e que são eles, do alto de sua recusa a continuar vivendo como gado, mal remunerado e atopetado de um volume invencível de trabalho, que estão exigindo esta Assembléia, que não é nenhuma manobra de oportunistas e que ninguém pretende derrubar ninguém do "poder" sindical, mas simplesmente garantir que a categoria inteira não seja, mais uma vez, prejudicada e tenha direito a uma mínima esperança na sua luta.

Mas, se mesmo com todo o clamor das comarcas, a direção sindical prefere se fazer de surda e distorcer a pressão legítima e democrática dos filiados ao Sindjus, só nos resta, a nós servidores, forçar, por nós mesmos, o caminho certo e evitar a prorrogação do nosso drama por outros vinte anos. Vamos todos lotar caravanas de ônibus do interior e comparecer em massa à reunião de 12 de maio na sede do Sindjus, transformando-a, na prática, na Assembléia Geral que tanto desejamos e de que necessitamos. Aos diretores sindicais, se não se adequarem à realidade da maioria de seus representados, e não cederem à ela, só restará serem arrastados pela vontade da massa. À LUTA ATÉ O FIM, COMPANHEIROS. Se organize e traga contigo, além do representante da tua comarca ou setor de trabalho, TODOS que puderem e quiserem vir e vamos fazer valer a vontade da categoria.

MOVIMENTO
      INDIGNAÇÃO

5 mai 2011

REPOSIÇÃO SALARIAL: permanece o silêncio do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul. ASSEMBLÉIA GERAL JÁ!

Diante da pressão dos servidores, fortemente mobilizados, de inúmeras comarcas, desde a semana passada (entre elas Gravataí, Santana do Livramento, Tapes, Frederico Westphalen, Giruá, Sarandi, Não-me-Toque), a direção do Sindjus finalmente saiu da inércia e foi ontem ao Tribunal de Justiça cobrar uma definição sobre a reposição e demais itens da atual pauta reivindicatória.

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Conforme se pode constatar, entretanto, da matéria divulgada no site da referida entidade, na noite passada, ainda que atendendo ao clamor da categoria, incendiada em revolta sagrada contra o baixo salário e a falta de condições de trabalho, o fizeram de forma parcial, balbuciante e indigna do fogo reivindicatório que anima milhares de trabalhadores pelas comarcas do Estado afora.

Pelo que se entende do texto, foram recebidos pela "administração do tribunal" (que, pela expressão indefinida usada, tanto pode representar o Diretor-Geral, quanto o zelador do Palácio), que apontou, vagamente, para a próxima semana, a possibilidade de realização de uma audiência do Presidente do Tribunal de Justiça, o supremo mandatário do Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, com o sindicato. Permanece, portanto, o silêncio inadmissível e acababrunhador do patrão judiciário quanto à premente necessidade de recuperação imediata de metade das perdas (27%) e adoção da recuperação anual da inflação (pelo IGPM), a partir do próximo ano, em cumprimento ao art. 37, X da Constituição Federal.

pelegadaNão pretendemos ensinar nossos dirigentes a fazer sindicalismo, nem a representar a categoria, pois para isto eles foram eleitos, muitos inclusive já por várias gestões. E podemos entender que não tenham uma resposta para dar aos trabalhadores da justiça, diante da insensibilidade e indefinição patronal. Mas temos certeza de que, se não foram recebidos pelo chefe maior do Poder (o responsável formal pelas grandes decisões) é porque não foram contundentes o suficiente na sua ação (que deveria se constituir, no mínimo, num cerco de solicitações permanentes, como faz qualquer advogado, por exemplo), desmoralizando o patrimônio de pressão criado pela mobilização de praticamente a unanimidade dos servidores nas paralisações realizadas no último mês de abril. Afinal, não adianta solicitar, tímida e cordadamente, mas é necessário exigir, pressionar, reivindicar, como está fazendo a massa da categoria, de forma a se fazer ouvir.

Mas se sua atitude ainda é compreensível quanto à forma de encaminhamento da auto-proclamada "pressão", a decisão, tomada logo após, de manter, burocraticamente, a reunião de representantes deliberada na Assembléia Geral de 8 de abril, fixando-a para a próxima quinta-feira dia 12, é simplesmente um descalabro.

A esta altura dos acontecimentos, em que a grande massa dos trabalhadores do judiciário gaúcho já demonstrou que não está para brincadeira, que não aceita mais sofrer, e ver seus colegas morrerem em pleno trabalho, sem salário nem condições dignas, e que pode chegar até a greve para fazer valer suas necessidades, é preciso que se convoque IMEDIATAMENTE uma Assembléia Geral dos trabalhadores do judiciário, para que estes possam deliberar, por envolver a vida de todos nós, os próximos passos de pressão sobre o patrão, que haverão de ser bem menos brandos, mais contundentes e visíveis do que os adotados até o momento.

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Colegas de Santana do Livramento na luta

Se o  Tribunal de Justiça, mesmo diante do clamor ensurdecedor de seus funcionários, insiste em se fazer de desentendido e prossegue com o jogo de postergar sua contraproposta, apostando no arrefecimento, por cansaço, da nossa mobilização, é necessário, para dobrar sua má vontade política, que tomemos as atitudes graves que o momento requer, respondendo com a única arma capaz de dobrar a falta de atenção para com a categoria e o privilegiamento de uns poucos altos salários, em detrimento da grande massa dos quadros do Judiciário. E não há outra resposta a não ser manter-nos firmes nas reivindicações, especialmente na exigência de reposição total das perdas até no máximo um ano e imediata consagração em lei de política salarial que contemple a recuperação anual integral da inflação, cumprindo o texto direto e simples da Constituição Federal.

  O que somente surtirá efeito se for acompanhado do ânimo incoercível de cruzar os braços até que os dirigentes máximos do Judiciário nos respeitem, nos ouçam e atendam ao nosso brado. E esta decisão, para ser eficaz, tem de ser IMEDIATA  e contemplar a participação do maior número possível de trabalhadores.  A reunião de representantes, em que pese as qualificações das lideranças que nela discutem, é uma instância extremamente restrita, que não possui condições políticas de tomar este tipo de decisão, e sua realização prévia somente postergará o que é URGENTE e GRAVE demais para esperar!

Somente a Assembléia Geral, que pode ser realizada na próxima sexta-feira,  13 de maio, sem quaisquer empecilhos estatutários de prazos ou mesmo necessidade de maior tempo para mobilização (pois os setores de trabalho fervem de indignação e vontade de ação e não há maior dificuldade para se reunir até 1500 companheiros em oito dias), tem condições de tomar pé, neste momento, da campanha salarial, e deflagrar um grande movimento que ponha fim à precariedade e o sobressalto que enfrentamos, a todo momento, em nossos bolsos, em nosso trabalho e em nossas casas.

28abrilpoa

Colegas de Porta Alegre fazendo a Primavera de Abril acontecer

O Movimento Indignação espera piamente que os atuais diretores do Sindjus-RS não se encontrem no mesmo ânimo de desfaçatez com seus representados que os levou, no ano passado, a impor, numa reunião de representantes, se utilizado dos mais absurdos e manipuladores argumentos, a aceitação muda e cabisbaixa de um reajuste insuficiente e indigno de 4,76%, e assuma definitivamente o papel que lhe exige a sua posição de dirigentes sindicais, e o momento histórico, de firmeza, combatividade e agilidade a toda prova. Pois os trabalhadores da justiça, hoje, já não são os mesmos de um ano atrás. De lá para cá vivenciaram um salto de consciência, inconformidade, indignação e vontade de lutar que já não admite meias medidas, ajeitamentos e conchavos ingênuos e prejudiciais aos seus interesses e necessidades prementes. Se a direção sindical não souber enfrentar, com o denodo e respeitabilidade que cabe, o Tribunal de Justiça na luta por uma vida digna de gente para os servidores da justiça, estes se encarregarão de fazê-lo por si próprios, e poderão mesmo substituir aqueles que não lhes estejam representando condignamente.

Mostre, portanto, companheiro servidor, que já não aceitamos mais enrolação, nem do patrão, nem do sindicato. E envie um e-mail para a direção do Sindjus, agora mesmo, exigindo a convocação de ASSEMBLÉIA GERAL COM INDICATIVO DE GREVE PARA 13 DE MAIO PRÓXIMO, em que se comemora, casualmente, a ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA.

movimento
       INDIGNAÇÃO

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4 mai 2011

URV: após meses de inércia, Sindjus lava as mãos na questão dos juros

Nota publicada ontem no site do Sindjus-RS:

02/05/2011]

Assessoria Jurídica produz parecer sobre juros da URV

Desde o final de 2010, quando o Tribunal iniciou o pagamento dos juros da URV, o Sindicato vem questionando a administração sobre os valores adimplidos. Embora a garantia desse direito possua respaldo nas ações coletivas ajuizadas em nome da categoria, o TJRS tem feito o pagamento de forma espontânea e sem qualquer vinculação com a decisão judicial.
O Sindjus/RS esclarece que eventuais diferenças dos valores que vem sendo adimplidos administrativamente, deverão ser cobrados no processo da execução (ainda em tramitação), onde é o foro competente e o único meio juridicamente garantido de assegurar que os valores possuam critérios de cálculos estabelecidos pelas ações coletivas, ou seja, conforme Sentença já transitada em julgado.
O Sindicato ressalta que o parecer dos peritos é de que qualquer tipo de correção do pagamento do principal, da correção ou dos juros, deverá ser feita ao final do processo de execução.
Cabe ressaltar que os servidores que ainda não ajuizaram as execuções exerçam efetivamente o seu direito. Ingressem com ações, para garantir judicialmente que a URV seja paga nos termos delimitados pela decisão judicial, conquistada pela categoria. Ou seja, o que efetivamente garantirá o recebimento de todo o valor da URV, serão as ações judiciais.
 
Assessoria Jurídica
Sindjus/RS

Se o leitor servidor do judiciário gaúcho já se encontra bastante inquieto, e revoltado, com a completa inércia assumida pela direção do Sindjus-RS nos últimos dias (que, apesar do enorme sucesso da paralisação de 28 de abril, simplesmente não moveu uma palha para arrancar uma contraproposta de reposição do Tribunal de Justiça), a matéria acima reproduzida, divulgada ontem no site da referida entidade é para desanimar de vez em relação à agilidade (para não dizer combatividade) de  nossos intemeratos dirigentes sindicais.

Causa não apenas surpresa, mas revolta profunda, que somente agora, mais de quatro meses após o início do pagamento dos Juros da URV, a direção do Sindjus venha a público tomar um posicionamento "concreto", afirmando que está "questionando o Tribunal de Justiça" desde dezembro, mas tudo quanto resta a fazer é cobrar "eventuais diferenças" em futura execução de sentença (pois a atual fase de cumprimento de sentença se encontra arquivada após sentença em embargos de devedor movida pelo Estado, cujo recurso foi recentemente indeferido - vide proc.  nº 001/1.08.0120433-http://www1.tjrs.jus.br/site/).

Durante todo este tempo, conforme já demonstramos fartamente nas matérias anteriores sobre o assunto, o patrão judiciário vem nos pagando os retroativos da URV em valores bastante inferiores aos devidos, aplicando expurgos ilógicos e inadmissíveis nos cálculos (taxa de juros de 0,5% ao mês, quando deveria de 1% e incidência da atualização monetária somente até a data em que foi pago o principal corrigido). Resultando uma diminuição drástica nas parcelas indenizatórias (que há muito servem como quebra-galho para a falta de reposição), que vem colaborando em muito para a quebradeira geral dos servidores, atolados até a goela com os juros de cheque especial, cartões de crédito, empréstimos consignados e outros tantos expedientes financeiros necessários à tentativa de sobreviver, e prover suas famílias, com um mínimo de dignidade diante do salário terrivelmente corroído.

Desde o início de dezembro de 2009 o Movimento Indignação verificou os cálculos e denunciou a sua incorreção, analisando inclusive a fórmula divulgada, enquanto o Tribunal prosseguia no pagamento insuficiente e a direção do Sindjus, no máximo, se prestava a perguntar candidamente ao patrão a razão da diminuição dos valores, chegando a divulgar referências aos meses que estariam sendo pagos, sem mais nenhuma atitude, limitando-se a contratar um perito judicial para a verificação da polêmica.

Ao invés de ter agido, como se espera de qualquer direção sindical, mobilizando seus filiados e exigindo, firme e fortemente, a retificação dos pagamentos, O Sindjus, balbuciante e preocupado antes em não incomodar a cúpula administrativa do Judiciário, do que em proteger os interesses de seus associados, simplesmente passou o verão e o início do outono, se furtando, com notas evasivas, de tomar real do assunto.

Agora, quando todos esperavam, que pelo menos o resultado da perícia contábil judicial contratada fosse divulgado, dando certeza dos erros que temos apontado, o Sindjus-RS se limita simplesmente a dar deixar a questão no ar, remetendo-a para um futuro incerto e sepultando, de vez, qualquer possibilidade de reclamar, de imediato, como o exigem as enormes dificuldades financeiras da categoria, a retificação e complementação dos pagamentos.

A reivindicação e a pressão sindical são coisas comuns e corriqueira em qualquer ramo da iniciativa privada ou pública e não necessitam de formalidades e salamaleques. Não é, portanto, porque o Judiciário está nos pagando administrativamente que pode fazê-lo sem qualquer relação não apenas com a sentença que garantiu o reconhecimento do direito, mas com as normas legais e técnicas aplicáveis. E sendo assim, cabe sim ao sindicato cobrar e fazer cumprir tais normas, por todos os meios de pressão ao seu alcance, inclusive, e principalmente, a mobilização da categoria, na sua exigência, não se limitando a petições formais ou prazos judiciais, como se fosse um mero escritório de advocacia.

Nada, portanto, justifica a atitude de nossos dirigentes, assim como não se justifica que não tenham, até o momento, aproveitado o calor da última paralisação de praticamente a totalidade da categoria, e levantado de suas fofas cadeiras no sobrado da rua 4 jacós para se dirigirem até o palácio da justiça e lá acamparem, até serem recebidos pela cúpula administrativa do TJ e obterem desta a definição quanto à reposição e demais itens da pauta reivindicatória que a massa dos trabalhadores vem defendendo, com o seu suor, dedicação e ânimo, na mobilização desencadeada desde o início de abril.

O Movimento Indignação espera sinceramente que a direção do Sindjus-RS se conscientize de que os trabalhadores da justiça despertaram para uma nova consciência, ativa, firme e combativa, e não tolerarão mais, apáticos e inertes, a postergação das iniciativas necessárias à conquista de seus mais caros interesses e necessidades, fazendo valer sua vontade independentemente da pusilanimidade daqueles que deveriam estar liderando de forma ágil e firme o movimento, ao invés de esperarem, quietos e tranquilos, em seus gabinetes um chamado do Tribunal, que espera, com a postergação da divulgação de sua proposta de reposição e em relação aos demais itens da pauta (como o plano de carreira, horário contínuo de 7 horas e o próprio pagamento da URV), nos matar de cansaço, apostando no esfriamento da indignação da categoria.



                                    movimento
                                    INDIGNAÇÃO

 

25 avril 2011

Ave, Venerável Corte! Os que vão tombar a caminho do trabalho vos saúdam com sorrisos!

Se o leitor, eventualmente, acha que o título acima é irônico e debochado é por que ainda não teve o desprazer de ler o ofício circular n.º 57/2011 da Corregedoria Geral de Justiça, que, num momento no mínimo inadequado, dá conta do lançamento da infeliz campanha "SORRISO GERA GENTILEZA ", na qual se pretende incentivar os servidores a  "praticarem a cortesia, promovendo um melhor ambiente de trabalho por meio de pequenos gestos e atitudes, como um simples sorriso", conforme noticiado no site do Tribunal de Justiça na última quarta-feira, às vésperas do feriadão de páscoa.

Se o ofício é seco e burocrático, se resumindo a noticiar o envio de material a ser colocado nos balcões para que advogados e partes "avaliem" o atendimento, a notícia festeja, da forma mais infeliz e insensível, a dita campanha, que pretende "fazer com que as pessoas se desarmem e minimizem as tensões na hora do atendimento no balcão - e que este momento, preferencialmente, seja acompanhado de um sorriso", nas palavras do assessor do Plano de Gestão de Qualidade do TJRS, Paulo Petry*.

Afora a óbvia insinuação de grosseria e falta de profissionalismo sobre os servidores, é, no minimo irônico e debochado, isto sim, o seu lançamento, casualmente no dia do próximo pagamento dos salários, num momento em que a grande maioria dos trabalhadores da justiça, indignada e enfurecida com a completa falta de condições financeiras e de trabalho, espera do Tribunal uma resposta decente e concreta às suas reivindicações por uma política salarial digna e a realização imediata de concurso público para suprir as mais de 1.800 vagas existentes (ou seja, servidores inexistentes), entre outras necessidades graves e prementes.

É inacreditável, quando os servidores se preparam para mais uma paralisação de uma hora de trabalho, no próximo dia 28, reclamando um mínimo de dignidade, que o patrão judiciário, às suas vésperas, tenha a capacidade de responder com uma verdadeira piada de mau gosto. Se o Judiciário do Rio Grande do Sul pode se gabar de ser tido como "o melhor do Brasil" e se o atendimento à população ainda não atingiu níveis absurdos de precariedade é justamente pelo sacrifício espontâneo da grande maioria dos servidores, que, à própria custa e de suas famílias, tem se esfalfado até doze horas por dia, nos seus setores, para dar conta da demanda absurda de serviço, que se agrava com a falta crônica e gigantesca de funcionários.

Na própria matéria veiculada, a psicóloga do Plano de Gestão de Qualidade, Míriam Vucetic, "alerta que o estresse comprovadamente é o fator responsável por um alto índice de doenças cardíacas, gástricas e, principalmente, de depressão entre os servidores em todo o Estado".  Como se vivêssemos, entretanto, num mundo de fantasia, apartado da cruenta realidade, deixa de citar que este estresse é conseqüência de um trabalho sobre-humano, exercido sob condições precárias e injustas, sem que recebamos o mínimo reconhecimento, nem mesmo a reposição inquestionável, e garantida na Constituição, da desvalorização salarial decorrente da inflação.

No país das maravilhas da visão patronal, parece que tudo se resume a uma questão de auto-disciplina e tratamento emocional. A sobrecarga não existe, as carteiras dos servidores são recheadas, os bolsos estufados e as cédulas e moedas, ao invés de apenas transitarem pelo caixa do banco no dia do pagamento, correndo, num vôo desabalado para os bolsos dos credores que têm a sorte de ser pagos, sobram fartamente e se entesouram nas contas bancárias e baús. Todos têm uma jornada de trabalho, e uma demanda de tarefas, que lhes permite conviver harmônica e criativamente com suas famílias, todos podem estudar, ter seu lazer e crescer humana e economicamente na vida, com todas as oportunidades, numa carreira racional e justa, sem sobressaltados nem preocupações. E se não são felizes é porque tem a estranha mania de andar ansiosos, perscrutando um incerto futuro, o que os deixa cabisbaixos e de cara fechada. Mas este é um problema que, para cessar, necessita somente de um sorriso! Se alguns tombam a caminho do trabalho, assoberbados, e infelizes porque estão há anos distantes da família ou porque estão infectados pelo H1N1 e não têm o direito de se tratar - pois patrão terceirizado não aceita atestado médico, é um problema fortuito, que ainda não se pôde resolver, mas não é fruto de uma estrutura pérfida e injustificável que dispõe todas as regras e carreia todos os recursos para o privilégio de 10% dos quadros do Poder, enquanto as condições econômicas e funcionais dos 90% restantes (os funcionários), e o atendimento efetivo à população, padecem da devida atenção e prioridade.

Infelizmente, nós servidores, vivemos num outro universo. Concreto, duro e sério, que não permite fantasiar e muito menos rir à toa. E o que necessitamos, agora, é de uma resposta decente do Tribunal de Justiça quanto ao nosso drama, especialmente à reposição salarial imediata de 27% e a garantia de recuperação da inflação futura anualmente, bem como do restante das perdas históricas até daqui um ano. Além é claro, da elaboração, em comissão paritária com os servidores, de um plano de carreira lógico e digno, da adoção imediata da jornada contínua de sete horas e do pagamento dos juros da URV atrasados nos valores legalmente devidos, sem expurgos absurdos. O momento é grave e não se presta a palhaçadas. Falar em descontração e maneirismos de meiguice quando milhares se encontram a ponto de estourar, depois de anos e décadas de sacrifício inglório e não recompensando, é um acinte, um achincalhe inaceitável e inédito, talvez só visto quando a finada rainha francesa Maria Antonieta, às vésperas da Revolução popular que havia de ceifar seu pescoço, enfeitado de jóias brilhantes e chiques, na guilhotina, perguntou à multidão faminta de camponeses que rugia às portas de Versalhes: "se não tem pão, por que não comem brioches?".

Muitos de nós ainda não tombaram no trabalho árduo e no sobressalto permamente porque foram favorecidos pela sorte, mas do sacrifício de quantas servidoras Cláudia Maria e Rosinha ainda necessitará a alta cúpula administrativa do Tribunal de Justiça para enxergar o drama que vive a massa de seus funcionários, no porão do navio, enquanto alguns nobres senhores gozam em farto banquete no convés?

Se o patrão infelizmente prefere virar o rosto à realidade feia e inconveniente, a nós, como classe de trabalhadores recém desperta de um pesadelo de anos, e recém nascida para a luz da consciência e da capacidade de lutar por si, em plena liberdade e solidariedade, pela dignidade própria, só resta manter firme, o nosso propósito e aprofundar a pressão, da forma mais séria e contundente, para que sejamos ouvidos, e tenhamos garantido um mínimo de dignidade em troca da doação absurda e sem sentido com que nos dedicamos, com toda seriedade sim, mas sem sisudez, nem falsa alegria, ao serviço público para o qual prestamos o concurso.

O Movimento Indignação conclama a todos os trabalhadores da Justiça do Rio Grande do Sul que rechacem o circo e a palhaçada, e demonstrem, sem afetação, nem dramas falsos, mas com toda a racionalidade e contundência o seu descontentamento, e a sua vontade inquebrantável, paralisando das 13 h 30 min às 14 h 30 min em frente aos Foros e setores de trabalho no próximo dia 28 de abril! E, se os salários lhes permitirem, façam uma gentileza válida, que simbolize a nossa ira  justa e solidária. Comprem rosas vermelhas e as presenteiem, nesta Primavera de Abril à população durante o movimento.

Movimento
     Indignação
 

_____________
*
membro do Conselho Fiscal do Sindjus-RS

20 avril 2011

Servidora com experiência de sindicalista em Minas critica veementemente a atitude da Direção do Sindjus

Reproduzimos abaixo, com a autorização da autora, e-mail encaminhado pela companheira Vilma Medina, da 8.ª Vara da Fazenda pública, de Porto Alegre, à direção do Sindjus-RS, na última quarta-feira, 13 de abril:

 "Prezados Senhores:


Por meio deste, venho manifestar a minha decepção e minha tristeza com a atuação desse Sindicato. Sou escrivã da 8ª Vara da Fazenda Pública, sindicalizada, ex presidente do Sindicato dos trabalhadores em armazéns e silos do estado de Minas Gerais, ex advogada.

A minha inconformidade tem base no seguinte:

1) quando uma categoria não tem data-base garantida, como a nossa, a data para mobilizá-la e fazer campanha salarial (apresentando o índice de reajuste do ano) é no máximo até o mês de julho, antes do envio do Planejamento Orçamentário do ano. Pois bem, no ano de 2010 o Sindijus não fez essa mobilização e o Tribunal de Justiça mandou para a Assembléia a previsão de reajuste para os servidores do Poder Judiciário em 5% (cinco por cento);

2) Agora, depois que os servidores começaram a mandar e-mail cobrando o reajuste (eu inclusive mandei e não obtive resposta), o Sindicato arma toda essa panacéia para enganar os pobres dos servidores falando em apresentar uma proposta de 27%. Sabem quando seremos atendidos? NUNCA! Ganharemos 5% e se o Presidente Leo Lima conseguir que esse percentual aumente, esperem que virá tirado em alguma outra vantagem uma lasquinha para compensar. Já viram patrão dar algo de graça para trabalhador? Eu nunca vi.

3) Se a nossa perda salarial foi de mais de 50% por quê estamos apresentando uma proposta de 27%? Perda é perda e não deve ser negociada. PERDA TEM QUE VOLTAR PARA O SALÁRIO BASE RE-DON-DO. Sindicato pelego, que come na mão de patrão é que negocia perda.

Portanto, colegas:

1) Não coloque os pobres servidores neste momento para paralizar por uma hora, para comparecer em assembléias, etc, etc, porque o Sindicato perdeu o prazo de fazer isso: Foi. Passou. Já era. Qualquer coisa a mais de 5% será um favor do Presidente do TJ e qualquer mobilização agora será motivo de chacota por parte dos nossos superiores. Não humilhe mais os servidores, por favor.

2) Não engane mais uma categoria tão sofrida e depalperada pelas condições péssimas de trabalho e de salário. Olha, na última assembléia eu ouvi colegas dizendo que têm 30 anos de Poder Judiciário e desde que entraram esperam e ouvem falar no Plano de Carreira. Vi pessoas velhinhas que vieram do interior - andando de bengalas e senti pena daquelas pessoas. TODOS ENGANADOS.

3) Eu tenho apenas 3 anos de Poder Judiciário e não acredito nessa panacéia. O Sindjus não está preparado para fazer campanha salarial - perde prazo e não sabe "peitar" o patrão para exigir. Eu mereço um Sindicato melhor: que me garanta logo de início uma data-base, que passe o ano focado no reajuste anual sem perder o bonde e sem ter que ficar enganando os servidores, fazendo-os de bobos para tapear um erro crasso: PERDA DE PRAZO.

4) Por tudo isso, requeiro a minha desfiliação: não vou trabalhar feito louca (quase 62 mil processos divididos por 5 servidores e uma escrivã) para dar no final do mês 1% do meu sagrado salário para quem não sabe me representar. Espero que os colegas reflitam e transforme essa mobilização de agora para a campanha salarial deste ano, 2011 para entrar no orçamento de 2012. JÁ BASTA A VERGONHA DO REAJUSTE DO ANO PASSADO: 4,75 DIVIDO EM TRÊS PARCELAS. Não paguem esse mico e nos respeitem, por favor!

Vilma Medina"

14 avril 2011

O Desesperado Depoimento de mais uma Vítima da Insensibilidade do Tribunal de Justiça

Recebemos ontem, via e-mail o depoimento que segue, que é paradigmático e espelha, de forma pungente as dores físicas e psicológicas de um ser humano submetido à lógica cruel da administração de pessoal fria e utilitarista do judiciário gaúcho. O Tribunal de Justiça se jacta das estatísticas de melhor justiça do Brasil, mas o real mérito da façanha pertence exclusivamente aos trabalhadores do judiciário, que se sacrificam, e mantém o atendimento à população, sem condição de trabalho e salarial nenhuma. Mas a falta de tratamento humano de seus funcionários não se restringe aos métodos em geral, em que o assédio moral tem sido a tônica. É espantoso, e apavorante, que casos concretos de absoluta necessidade de tratamento diferenciado, como o aqui exposto, sejam solenemente desprezados.

Segue o texto:

"Caros colegas da Comarca de Canguçu,

 Fiquei chocada com a triste situação vivenciada por todos na tarde em que nossa colega Cláudia veio a falecer.

 Compartilho com vocês a dor, a indignação e o enorme o sofrimento psicológico, que não acabaram naquele dia, após a situação ter sido resolvida (comunicação da família, etc...). Esse dia, certamente, ficará marcado na memória de todos vocês.

 Entendo muito bem o que a Cláudia deve ter passado nesse período em que viveu sozinha, longe dos familiares, pois isso faz parte de minha vida, dia após dia, noite após noite.

 Mesmo não estando tão distante de minha família como ela estava, é difícil, devido à nossa remuneração, que mal dá para as despesas básicas, o deslocamento até meus familiares que moram em Porto Alegre e Viamão.

 Estou há 3 anos e meio aqui na Comarca (agradeço a Deus pelo meu trabalho e, como vocês disseram, dou meu "sangue" por ele), mas, muitas vezes, paro para pensar que metade ou mais dos meus rendimentos vão para o aluguel, despesas com medicamentos e terapia, sendo que em Porto Alegre, temos casa própria (eu e meu marido que ficou lá, pois não aguentou ir e vir todos os dias pela BR 116, sempre congestionada).

 Ele já sofreu um acidente no caminho para cá, na BR 116, próximo à Canoas. Estava tão cansado (pois não é fácil ter que sair daqui às 6hs da manhã, dirigir por mais de 1 hora, trabalhar o dia todo e depois, na volta, são 2 horas, no mínimo, para chegar até aqui), que acabou não percebendo que o carro da frente havia parado e acabou batendo, envolvendo 3 carros no acidente. Por sorte, ou pela mão de Deus, não sofreu lesões físicas significativas, mas ficou o medo, o abalo psicológico e, desde então, ele vem 1 vez por semana apenas.

 Sofro de um transtorno chamado "Borderline", no qual, um dos sintomas é sentir-se abandonada quando os familiares ou pessoas em quem ela confia vão embora, mesmo sabendo que irão voltar (o sofrimento é muito parecido com uma despedida definitiva). Esse problema se manifestou depois que vim morar aqui.

 Toda vez que meu marido vai embora, é como se ele não fosse mais voltar. Acabei entrando em depressão, tive há uma semana um surto, quebrei objetos dentro de casa. Fiquei uma semana afastada do trabalho.

 Tomo diariamente 3 antidepressivos (citalopram, bupropiona e amtriptilina) + um estabilizador de humor + 3 ou 4 ou 8 (dependendo do meu estado de ansiedade) comprimidos de Rivotril + Donarem para dormir + Motrin para as dores nas costas e, ainda faço terapia e acupuntura 1 vez por semana em Porto Alegre,  tudo para poder me manter aqui, trabalhando, pois preciso desse trabalho, do pouco que sobra para as demais despesas do mês (passagens para mim e meu filho até a Universidade em São Leopoldo, despesas com a faculdade, aluguel, etc....).

 Vou 2 vezes por semana para a faculdade, nas outras 3 noites fico em casa, sozinha, desesperada até meu filho voltar. Se estivesse em Porto Alegre, poderia fazer a terapia corretamente (teria que ir 2 vezes por semana), certamente iria deixar de tomar tanto remédio e não teria crises tão recorrentes, pois teria o apoio de meus familiares.

 Esses transtornos psicológicos acabaram resultando em problemas físicos que, em abril/2010, levaram-me a realizar cirurgia de coluna, tive que colocar implante, placas, 8 parafusos. Fiquei 45 noites sem dormir direito, devido ao colar cervical que precisava usar. Era duro e não tinha posição que fosse confortável para dormir, mas não podia tirá-lo, pois comprometia minha recuperação.

 Agora, descobri que estou com síndrome do impacto nos dois ombros.

 Enfim, não sabemos como será o dia de amanhã, se estaremos vivos, então, penso que devemos aproveitar nossa família, os momentos com ela e, se existe a possibilidade de estarmos mais próximos, se a vaga existe em Porto Alegre, qual o motivo de remover uma pessoa que já sofreu e vem sofrendo tanto com essa distância????

 Isso é qualidade de vida? Essa é a preocupação com a saúde dos servidores?

 Peço que, caso seja publicado no blog meu relato, não seja colocado meu nome, pois exerço função gratificada aqui e corro o risco de perdê-la.

 Solicito que seja repassado aos colegas de Canguçu meus sinceros sentimentos e desejo de melhoras psicológicas, de superação do trauma vivido, que compartilho consternada e sensibilizada com eles."

                                                                                                               

8 avril 2011

Sindjus/RS desperdiça mobilização e faz manobras a favor do patrão

 

Com a presença de mais de 600 colegas na assembléia geral nesta tarde no Colégio Parobé em Porto Alegre, a diretoria do Sindjus/RS manipulou mais uma vez a categoria, não colocando em votação proposta do Movimento Indignação de GREVE.  Deram a tese por prejudicada, fazendo valer sua posição de uma hora de paralisação dias 13 e 28 deste mês.

Depois  do evento, conduziram a categoria em passeata até o Palácio Piratini para reforçar manifestação do CPERGS, numa nítida manobra aparelhista.  No fim de semana, os companheiros que participaram da assembléia geral detalharão melhor a matéria.

 

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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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