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Movimento Indignação
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25 mars 2010

Reajuste salarial: nenhuma proposta menor que a perda é decente!

Neste exato momento a diretoria do Sindjus-RS se encontra reunida com a cúpula do Tribunal de Justiça, recebendo em mãos a "proposta detalhada" oferecida pelo patrão. Após 4 longos meses correndo atrás da miragem de uma emenda inconstitucional no projeto que reajusta os subsídios da magistratura, nossos intrépidos líderes terão o prazer de fazer o que de há muito já deveria ter ocorrido (e faz uma enorme diferença no bolso rasgado dos servidores): negociar diretamente com o Judiciário a reposição.

Não tenhamos, entretanto, muitas ilusões a respeito do resultado das negociações e da proposta a ser apresentada. Porque se, até ontem, o Tribunal se negava a enviar qualquer proposição, sob o pretexto da "lei  de responsabilidade fiscal", dificilmente avançará em percentual que comprometa  o responsabilíssimo pagamento de um questionável "penduricalho" retroativo de R$ 200 mil para cada magistrado, a título de "auxílio-moradia" atrasado do século passado!

Se nos for oferecido os mesmos 8,88% destinados a "repor" os parcos subsídios dos magistrados (que, em muitos casos, sofreram mais de 70% de aumento com sua fixação no ano passado), o milagre será completo e absoluto!

É bem verdade que boa parte da categoria, nesta hipótese, ergueria as mãos pros céus agradecendo ao "Todo-Poderoso". O que é resultado da pindaíba financeira generalizada que sequer a URV retroativa (cada vez mais reduzida em suas parcelas mensais) remedia mais, tanto são os empréstimos e consignações a que a maioria se vê forçada a fazer para manter o orçamento.

Mas é necessário, neste crucial momento, que tenhamos em mente que não será qualquer migalha momentânea que reverterá o processo histórico de arrocho, cada vez maior e irremediável, e que é necessário que tenhamos a coragem de fazer o enfrentamento que a categoria jamais fez desde que foi fundado o sindicato: recusar qualquer proposta que não contemple o pagamento imediato, pelo menos, de 20% de perdas e garanta a recuperação do restante das perdas históricas em duas parcelas, no prazo de no máximo um ano! Além é claro (e isto deve constar expressamente do projeto de lei) da garantia concreta do patrão de cumprir o art. 37,X da constituição federal, reajustando anualmente os nossos salários pelo índice inflação ocorrida (no mínimo) daqui pra frente!

Pode parecer radicalismo, mas a verdade é que nenhuma proposta menor do que isto é decente! É a própria falta de condições financeiras que nos permita sobreviver com um mínimo de decência que nos leva a aceitar e abocanhar com avidez a primeira oportunidade de alguns reais a mais na carteira! Mas só sairemos desta situação na medida em que forçarmos o patrão a negociar uma POLÍTICA SALARIAL concreta e séria. Que preveja não apenas a recuperação futura da inflação a cada ano, mas o fim definitivo das perdas históricas a médio prazo! Ou então continuaremos a correr, nos próximos 20 ANOS, atrás do remédio de um salário cada vez mais arrochado, e índigno de uma categoria, qualificada tecnicamente, que passa um quotidiano de estresse e adoecimento cada vez maior em razão da falta de servidores e condições humanas de trabalho, fazendo a máquina enferrujada do judiciário funcionar com o seu sacrifício exaustivo, arrastando a enorme engrenagem nas próprias costas, sofrida e cabisbaixa!

Não podemos permitir, portanto, que o oportunismo e a postura de aparente RESPONSABILIDADE de alguns dirigentes pelegos venha a nos induzir a aceitação de um índice qualquer, eternizando a nossa desgraça e perdendo a oportunidade única de estabelecer negociações sérias e concretas! Ou então estaremos SOMANDO cada vez menor qualidade de vida por nosso próprio acomodamento com a situação aburda das coisas!

AVALIAÇÃO DA PROPOSTA DEVE SER EM ASSEMBLÉIA GERAL, não em reuniões de representantes!

Assim, é preocupante a convocação do Conselho de Representantes para a tarde de amanhã, a fim de avaliar a proposta! Em primeiro lugar porque não há tempo hábil para, conhecido seu conteúdo, discuti-la com a base das comarcas hoje à tarde e deslocar-se de comarcas como Uruguaiana ou Santa Rosa para estar em Porto Alegre amanhã .

Em segundo lugar porque uma questão desta importância, que diz respeito à vida de cada um de nós, não pode ser discutida às pressas, nem por um colegiado restrito, ainda que estatutário e representativo. A decisão pertence à toda categoria, reunida em Assembléia Geral!

Exija do seu representante que vote amanhã pela convocação imediata de ASSEMBLÉIA GERAL PARA AVALIAR A PROPOSTA DE REAJUSTE DO PATRÃO!

MOVIMENTO
         INDIGNAÇÃO

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23 mars 2010

Assembléia gaúcha deixa de apreciar reajuste de magistrados e procuradores

O projeto 274/2009, que previa reajuste nos subsídios dos desembargadores e juízes gaúchos de 8,88%, e o projeto 277/2009, que concedia o mesmo percentual aos procuradores do Ministério público, não foram apreciados nesta tarde na Assembléia Legislativa gaúcha como estava previsto.

A bancada do PT(Partido dos Trabalhadores), secundado pelo PDT(Partido Democrático Trabalhista), negaram acordo de liderança, necessário para que os projetos fossem apreciados.

A alegação dos deputados insurgentes é de que apreciariam as pretensões dos magistrados e procuradores apenas se viessem acompanhados de projetos que contemplassem todos os servidores dos dois órgãos.

Evidentemente que os projetos visavam a uma discriminação vetada pela Constituição Federal, que determina que o reajuste dos servidores públicos deve se dar uma vez ao ano, na mesma data e em percentual idêntico.

Papel lamentável nesse processo, também, foi exercido pelo SINDJUS/RS. Ao invés de mobilizar a categoria para pressionar a cúpula do judiciário para que enviasse projeto de reajuste, fez articulações com o Deputado Miki Breier, mesmo sabedor que somente o Presidente do TJ tem legitimidade constitucional para enviar projeto que eleva despesas do órgão ao legislativo. E oportunidades não faltaram. Dia 22 de fevereiro a diretoria teve audiência com o presidente, mas nem mencionou o assunto no encontro.

Parece que a artimanha do SINDJUS foi de propósito; apenas para fazer de conta e ganhar tempo para o patrão.

O que devemos fazer agora, é pressionar a cúpula do TJ-RS para que cumpra a Constituição Federal de uma vez no que pertine ao reajuste dos trabalhadores do Órgão. Não é nada mais que sua obrigação. E não basta reajuste qualquer. Os auxiliares da Justiça gaúcha foram preteridos na implantação dos subsídios da magistratura em 70%, recebendo, em troca, parcos 15%.

O Movimento Indignação vem alertando desde a assembléia geral de novembro de 2009, com matéria publicada neste blog,sobre a tergiversação do SINDJUS/RS em realção aos direitos da categoria. Hoje a farsa foi confirmada e com o apoio dos deputados citados, principalmente os da bancada do PT, que foram os mais verborrágicos. Agora o SINDJUS/RS, pelo que vazou na Praça da Matriz esta tarde, quer convocar novamente a categoria para comparecer à Assembléia Legislativa. Perguntamos, com que sentido? O que o sindicato deve fazer, é abandonar sua postura pelega e exigir da cúpula do TJ-RS para que seja respeitada e cumprida a lei maior do Brasil.


Movimento Indignação



                                          

19 mars 2010

Alguns vassalos, contentes com sua condição subserviente,parecem estar alinhados com a senhoria ao anunciar boas novas fabulosas

O projeto de lei nº 274/2009, de iniciativa da diretoria da casa dos magistrados, ou seja, do grupo de desembargadores que define os rumos dos serviços judiciários nestes rincões e ajusta os salários da nobreza ao máximo, trata, como já esperavam os vassalos, apenas do reajuste do subsídio mensal da magistratura (“membros do poder público”).

A comissão justiceira da casa daqueles que profissionalmente se candidatam para representar a sociedade civil, determinada a verificar a coerência das reivindicações oriundas da nobreza frente aos alicerces do Leviatã brasileiro, viabilizou o recebimento da proposta tal como foi oferecida e a tramitação do projeto que sabidamente exclui os vassalos da repartição dos produtos da última safra tributária. O primeiro round foi perdido pelo dono da casa, uma vez que o projeto que garante a supremacia da nobreza foi rejeitado por um irmão dissidente. Contudo, quando entrou em cena o rolo compressor dos irmãos aliados desordeiros, o bom senso não suportou a carga e foi jogado à lona. O segundo round demonstrou, pois, que o dono do projeto de perpetuação dos privilégios da nobreza ganhou fôlego e tem potencial para receber o cinturão que lhe é conferido tradicionalmente.

   A fabulosa emenda nº 1, proposta pelo deputado Miki Breier, de fato visa incluir o proletariado na partilha de frutos reivindicada no projeto nº 274/2009. Ocorre que o pedido de inclusão dos vassalos, de acordo com a opinião tradicional da central justiceira federal, deveria ter partido do Senhor, nosso protetor. Em que pese o risco de invalidade por vício formal, o retalho de projeto legal, auspicioso aos desígnios da vassalagem, foi apresentado sob fogos de artifício aos membros da comissão justiceira, sem contudo ter sido sequer examinado no parecer assinado pelo relator Francisco Appio, documento cujo conteúdo pode ser acessado no endereço virtual:

http://proweb.procergs.com.br/consulta_proposicao.asp?SiglaTipo=PL%20&NroProposicao=274&AnoProposicao=2009

Como quem não quer nada, mas já indicando o tom místico da próxima campanha para se perpetuar à frente do sindicato, o grupo cujo objetivo principal deveria ser acordar os servidores diante da exploração a que se submetem cotidianamente divulgou notícia segundo a qual o PL dos subsídios é aprovado com emenda para os servidores na CCJ“, o que não é verossímil se levarmos em consideração o conteúdo em português constante no parecer formulado pela comissão justiceira do parlamento. Nossa mensagem aos bem intencionados pirotécnicos das boas notícias é: não interessa aos servidores públicos receber boas novas compostas de vapor.

Os servidores, aqui ironicamente identificados como vassalos, porque infelizmente essa tem sido sua condição frente às perdas materiais e de respeito historicamente acumuladas, esperam que o objetivo do grupo (des)mobilizador não seja ludibriar novamente os servidores em momento pré-eleitoral, período no qual a categoria terá a chance de se reconciliar consigo mesma ao reconhecer e reivindicar seus mais fortes desígnios, quais sejam: respeito, boas condições de trabalho e de remuneração.

Tiago Jacob

18 mars 2010

TRAIÇÃO DO SINDJUS-RS: saiba a verdade sobre a emenda do reajuste!

A diretoria do Sindjus/RS, em matéria postada no sítio do sindicato em 16-03-2010, abre a seguinte manchete: PL dos subsídios é aprovado com emenda para os servidores na CCJ. Lamentamos dizer, mas não é verdade! 

O relator do Projeto 274/2009, Deputado Francisco Áppio ,sequer se referiu à emenda nº 01 do Deputado Miki Breier , que propôs que o percentual de 8,88%, que o Presidente do TJ-RS fez constar no projeto unicamente para os magistrados, fosse também beneficiar os auxiliares da Justiça.

Além de não aprovar, rejeitou a emenda implicitamente ao fundamentar a origem legítima do PL 274/2009: “6. Feitos tais registros, reafirmo que, quanto ao aspecto formal de competência constitucional para deflagrar o devido processo legislativo, este Relator entende que situações pretéritas já identificaram com precisão o fato de que a pretensão do Tribunal de Justiça encontra guarida no art. 95,  inciso V, letra 'b', Carta Estadual, bem como no art. 96, inciso II, letra ´b´ da Constituição Federal, especificamente para a fixação dos vencimentos de seus membros, observado o disposto no art. 169 do mesmo diploma constitucional.”

Em outras palavras, o projeto enviado pelo Presidente do TJ-RS tem legitimidade constitucional, pois proposições que elevam as despesas desse órgão, cabem unicamente ao presidente. A emenda nº 01, que pretendia beneficiar os auxiliares do judiciário, sofre de vício de origem, eis que apresentada por membro de outro poder, Deputado Miki Breier. O Movimento Indignação já tinha alertado em novembro do ano passado, em matéria aqui publicada. Mas a atual diretoria pelega não resistiu à tentação. A idéia era muito simples: fazer de conta que estava lutando em defesa da categoria. Com uma tática que não tinha como dar certo, iria ganhar tempo para o patrão. Depois de tudo dar errado, acharia logo um bode-espiatório qualquer para tentar se redimir.

Que a diretoria do Sindjus/RS era nitidamente pelega, mais preocupada com o patrão do que ele próprio; que a CUT, central com que se alinha, é ferozmente neoliberal, desde a assunção de Lula da Silva à presidência; que um de seus próceres do PT gaúcho, ex-deputado Flávio Koutzii, se prestou a ser assessor especial do ultra-direitista Desembargador Armínio José Abreu Lima da Rosa , ex-presidente do TJ-RS e responsável pelas mais virulentas perseguições políticas aos servidores do órgão, todos já sabiam. O que jamais se imaginava ser possível, e provavelmente é fato inédito na história do sindicalismo brasileiro, é que o conjunto de onze diretores da executiva pudesse praticar, em uníssono, ato de uma indignidade que insulta a própria condição humana. Não adianta querer disfarçar. Nós, que somos combativos opositores a essa diretoria, confessamos: estamos envergonhados!

Pessoas como essas, sequer têm condições de continuar no serviço público. A contra-partida mais significativa que o Estado espera de nós, em troca do defasado salário, é a integridade incorruptível de sempre falar e escrever a VERDADE, para prestigiar e eternizar o instituto que dá segurança à cidadania toda: a Fé Pública.


Desta forma, corremos o risco de ver aprovado o projeto, mas rejeitada a emenda. A própria diretoria do Sindjus não garante, no site da entidade, que a maioria dos deputados seja favorável a ela.


Embora equivocada a luta pela aprovação da emenda, que pode vir a ser contestada por Adin do Tribunal, futuramente, se sancionada, é dever nosso cumprir a decisão da última Assembléia Geral da categoria e lotar as galerias do Legislativo na próxima terça-feira, dia 23, pressionando pela aprovação do percentual, que é insuficiente, mas já avança alguma coisa frente às perdas avassaladoras.


Fica aqui, entretanto, o alerta: poderemos estar servindo de massa de manobras, de inocente rebanho de ovelhas, auxiliando na aprovação do aumento do patrão, sem ver o nosso reajuste contemplado, e continuando de bolsos furados.


        Movimento Indignação


Leia na íntegra o parecer do Deputado Francisco Appio

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30 janvier 2010

O Legado perdido

O Movimento Indignação publica a pedido do companheiro Marco Aurélio, ex-diretor e militante histórico do Sindjus-RS, atualmente lotado no Foro Regional da Tristeza, na capital, o artigo seguinte de sua autoria:

Completando-se 10 anos do Fórum Social Mundial (FSM), os trabalhadores voltarão a se reunir na capital dos gaúchos, com várias oficinas e palestras importantes para o conjunto da sociedade. Procurando uma referencia nas oficinas e palestras, senti a falta de uma grande organização do Judiciário, que em inúmeros FSMs propiciou oficinas, publicou cartilhas e colocou na pauta mundial a discussão sobre qual e a verdadeira face deste Poder, e sempre esteve na defesa do Controle Social do Judiciário. Estou falando aqui da Coordenação Nacional dos Trabalhadores do Judiciário (CoordenAção), que era composta por vários estados como Paraná, Minas Gerais, Pará, Rio de Janeiro, Pernambuco, Espírito santo, Maranhão, São Paulo e Rio grande do Sul.

                                        Imagem_20124

No 2º Forum Social Mundial, a CoordenAção lançou o caderno de debates, fruto de várias reuniões, plenárias e encontros nacionais dos sindicatos representados com suas bases.  A 1ª edição se chamou Justiça e Democracia e se transformou em uma publicação periódica para discutir as transformações e necessidades do Poder Judiciário no Brasil. Quem não se lembra das oficinas chamadas pela CoordenAção e da possibilidade de intercâmbio que os servidores do Judiciário gaúcho faziam com os companheiros de outros Judiciários do Pais, das publicações de seu jornal mensal? Para as diretorias passadas o dinheiro da categoria se destinava para a luta, e nada era mais justo que proporcionar aos trabalhadores do Judiciário gaúcho sua participação nos FSM com uma grande delegação.

Mas isso é passado.  Após dez anos de FSM, o que estamos vendo? Um Sindjus/RS independente de sua base. Em nenhum momento esta direção lembrou de “SOMAR” com os outros estados que tinham uma discussão sobre vários temas que nos unem. O que esta direção, então está fazendo? Ela saiu do tal “bloqueio” em que o Sindjus estava e se uniu com Sindicatos do Serviço Publico Estadual, mas olhe só que ironia: todos Cutistas! Mas o mais interessante é que as oficinas indicadas por esta direção, que estão na página do Sindjus na internet, são todas dos nossos patrões e da CUT. Então porque será que não foi convocada a categoria para participar do 10.º FSM? Porque poderiam vir na delegação os companheiros que votaram pela desfiliação do Sindjus da CUT, e aí ficaria complicado para esta direção se explicar perante os coleguinhas cutistas o que estava fazendo aquele cara ali que não e do seu grupinho.

Mas fique de olho porque este ano é um ano de eleições no Sindjus/RS, mas o que está em pauta é se o sindicato continua na mesma linha da CUT e apóia a Dilma do Lulinha. E se continua nos discursos do presidente de que se vocês mobilizarem muito irão ficar sem ser recebidos. Mas, se vocês continuarem neste ritmo de paz e amor com a administração do TJ, o seu presidente continuará tomando cafezinho com os diretores do Sindjus, e nada mais

                        Então, para somar de verdade, temos, sim, que devolver ao Sindjus sua dignidade de lutar por nossos direitos e mobilizar nossa categoria. Retomar a CoordenAção e nos organizarmos a nível nacional para não sermos pegos mais uma vez de surpresa pelo CNJ. E levarmos nossas bandeiras de lutas ao conhecimento de todos os trabalhadores dos Judiciários Estaduais.

                        Marco Aurélio Velleda – Foro Regional da Tristeza – Porto Alegre

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24 janvier 2010

URV: pagamento de TODO atrasado JÁ!

No distante ano de 1994 o futuro fantoche de plantão no Palácio do Planalto, FHC, então ministro da Fazenda,implantava o último grande plano econômico anti-inflacionário, o REAL, extinguindo a inércia da inflação pela adoção de um indexador como moeda oficial (cuja cotação variava diariamente pela inflação estimada, mas no qual os preços se mantinham fixos em relação a ele), a URV, que seria transformada em moeda efetiva, o REAL, no final da transição (entre fevereiro e julho).

URVNela, todos os preços e salários deveriam ser necessariamente indexados para que o plano surtisse efeito, mas as regras que determinavam sua conversão foram adotadas de tal maneira que os salários nominais seriam convertidos não pela cotação da data de sua vigência (dia 1º de cada mês), mas pela média das cotações no dia do efetivo pagamento, o que,  necessariamente, forçava uma defasagem de poder aquisitivo, convertendo os salários de forma arrochada para a nova moeda. Para piorar a situação, no caso dos servidores públicos, cada poder de cada instância da federação passou a converter os salários em URV de acordo com a cotação do dia que mais lhe convinha, de modo que, utilizando a cotação mais baixa, os salários convertidos em Real fossem menores.

Somente com o ajuizamento de centenas de processos, o logro da conversão em URV foi parcialmente corrigido, fixando o Supremo Tribunal Federal a jurisprudência de que todos os salários então convertidos fossem acrescidos em 11,98% sobre seu valor em reais, para corrigir o arrocho. Este percentual, que vale para trabalhadores da iniciativa pública ou privada, deveria, portanto, tão somente recuperar um roubo praticado no bolso dos trabalhadores através da conversão artificial dos salários à nova moeda. E o pagamento dos eventuais atrasados decorrentes de sua concessão resgataria apenas a necessária justiça omitida na implantação do Real.

No Poder Judiciário do Rio Grande do Sul, entretanto, os servidores esperam há longos dezesseis anos ver definitivamente pagos os retroativos decorrentes do reconhecimento dos 11,98%, que só ocorreu, em decisão judicial do STF, após uma década de tramitação. O Tribunal, entretanto, ao invés de ter pago de uma vez a dívida justa e inquestionável, vem arrastando, em um sofrido e enervante conta-contas, o pagamento dos atrasados há quase seis anos, sem conceder quase mais nenhum reajuste salarial (o último, de 15,73%, já teve seu valor completamente corroído pela alta dos preços entre a data de sua concessão e a última parcela a ser paga, no final do mês). O que força os servidores a usar a parcela indenizatória da URV para cobrir o buraco orçamentário da falta de reajuste e permite ao patrão não repor os salários dos servidores, enquanto concede consideráveis aumentos reais à magistratura (com a fixação dos subsídios, que, em alguns casos, chegou a acrescentar 70% aos seus salários de uma só vez).

Para cúmulo da discrepância, enquanto os servidores não receberam nem a correção monetária total dos atrasados, faltando ainda todo juro do período, a magistratura, ao que se sabe, já teve seus retroativos de URV TOTALMENTE QUITADOS, no último mês de setembro, casualmente às vésperas da resolução do CNJ que suspendia o pagamento de atrasados da URV, afastada por liminar. O que foi feito numa fantástica e gigantesca operação financeira e orçamentária cujos números  serão oportunamente revelados, mas podem ser aferidos de forma global no portal da transparência do site da Secretaria da Fazenda, clicando no link seguintes e, aberta a página, escrevendo os meses 09/2009 e 08/2009 (ou anteriores) e assinlando a posição mensal:

http://www.sefaz.rs.gov.br/AFE/IFG-PDR_1.aspx,

 

Recentemente, no final de dezembro, o pagamento do retroativocaloteiro simplesmente não foi realizado, sendo retomado agora, no final do janeiro. O que foi efusivamente comemorado por nossos diretores pelegos da executiva do Sindjus-RS, que declararam, quando souberam antecipadamente do fato, que esperam que os atrasados continuem sendo pagos mensalmente, de forma parcelada, sem nenhuma interrupção. O que os representantes máximos da categoria parecem desconhecer, muito provavelmente por não terem coragem de enfrentar o patrão, nem capacidade de mobilizar a categoria a defender seus direitos de forma contundente, é que o pagamento dos 11,98% é apenas a devolução de um valor tungado à força pelos planos econômicos da presidência da República, há mais de uma década e meia e que, como qualquer indenização e dívida legítima, já deveria ter sido pago, no máximo em algumas vezes, todo há muito tempo.

Nada mais justo, portanto, que exijamos o pagamento EM UMA PARCELA, E JÁ, do restante da URV que falta. O Movimento Indignação deixa registrado mais uma vez que espera que a futura gestão do Tribunal tenha significado realmente uma virada completa nos métodos praticados pela anterior e, contemplando a preocupação declarada de seu presidente com o bem-estar dos servidores, esteja disposta a quitar logo o atrasado da URV. Mas adverte os servidores de que, se isto não ocorrer de imediato, a partir de fevereiro, será necessária uma grande mobilização a partir de março para que nos seja devolvido o que sempre foi nosso e nos foi levado pela vigarice dos governantes do Palácio do Planalto, a serviço dos grandes banqueiros internacionais. E, se as negociações falharem, e não for reconhecido todo o empenho absurdo em que a categoria tem se massacrado de trabalho diariamente, pela falta de servidores e as exigências das metas do CNJ, alertamos: só nos restará o caminho da greve!

E lembra, também, que a atitude de nossos sindicalistas pelegos em se contentar, e festejar ainda por cima, com a simples retomada do pagamento parcelado só serve para sacramentar a política patronal que vem, ano após ano, deixando de pagar de uma vez uma indenização que nos é devida desde 1994, arrastando em infindáveis prestações a sua devolução para poder continuar a nos negar outro direito básico, legal e incontestável: a reposição anual da desvalorização dos salários de acordo com a inflação ocorrida no período, conforme determina o art. 37, X da Constituição Federal!

Movimento
               
INDIGNAÇÃO

1 décembre 2008

DO SUL DA ITÁLIA PARA O SUL DO BRASIL

La famiglia II

           Buonasera!

          Já entro pedindo scusi por chegar assim tão tarde aqui em nostra Casa , mas meu fim de semana acabou faz pouco...  foi filho expondo em Salão Náutico, o outro pra levar e buscar na casa da avó, meu desfile para uma loja (sim, agora eu sou modelo de loja pra quem não usa manequim 38... ) e muita festa depois. Desculpem o atraso, espero conseguir compensar a minha culpa, minha tão grande culpa...

           Mamma mia! Pensei em algo italiano hoje... muita pizza, muita máfia, muita família...

4168

           La famiglia, madonna mia! Estou aqui escutando o Funiculi Funicula e lembrando das nossas queridas famílias tribunalícias: Família Cejus, Família Nedel, Família Arself da Rosa, Família Wagner, Família Araponga... hummm...o TJ está cheio de famílias! Tribunal de Justiça, tutto per la famiglia! Será que Dom Corleone também não arrumou um empreguinho pra algum filho dele lá?

alcapone_sisguia

            Pena que a Família Concursada não esteja contemplada, não é verdade?

familiaconcursada

            Pois é, recebi na sexta a resposta ao meu requerimento administrativo solicitando gentilmente a retirada dos nepotes da Casa. Sabe o que me responderam, em 22 páginas? (Lembram da letra do Legião? "Quem fala demais por não ter nada a dizer...") Vieram com o Enunciado 7 do CNJ, falando que não existe subordinação hierárquica entre eles. Agora vou deixar que o meu advogado-e-herói, o STF e o CNJ cuidem disso. Puxa, tô cansada!

            Então tá, Senhores. Alguém poderia avisar a Presidência que a Súmula 13 do STF, modificando tudo isso, já foi publicada??? Eu não vou mais ensinar esse padreco a rezar missa porque ele já se mandou com os balõezinhos. Mas será que era um padre mesmo agarrado nos balões? Há controvérsias! Parece que já encontraram os balões... o homem ta caindo, gente!

24

          Quem mandou fazer tanta bobagem? Padre que persegue concursado vai pro inferno, sim!

           Ei, alguém já parou pra pensar se o diabo tá a fim de uma concorrência? Não, acho que não vai a tanto... pior se fosse o padreco da música... aquele sim é tenebroso...  por isso que o cara fica por aqui tocando seu rap do servidor feliz. Nem o diabo quer saber dele!

diablo

           Mas não vamos deixar que tudo acabe em pizza, mesmo que seja aquela pizza mafiosa italiana, capisci?

Pizza_de_impunidade

           Perché anch’io sono italiana !!!

           Bacci per tutti

           Arrivederci !

27 novembre 2008

SOMENTE A VERDADE

Eu não tenho (melhor, não tinha) nada contra o CEJUS. Que há muito são pelegos, é fato notório. Agora, roubalheira, isso eu não sabia, seu Quaker! Pessoalmente simpatizo (rectius, simpatizava) com o Jarbas. Mas reafirmo que o único compromisso do MOVIMENTO INDIGNAÇÃO é com a VERDADE.

Ah, essas ligações perigosas....

bamerindus

Estão entendendo a Teoria da Conspiração, colegas?

Neste sentido, vou anexar cópia da denúncia do MP. Boa leitura!

denuncia1denuncia2denuncia3denuncia4denuncia5denuncia6denuncia7denuncia8denuncia9denuncia10denuncia11

22 novembre 2008

Egrégia Nova Bréscia

Boa noite! Em Brasília, 22h 20 min

         Aqui estou, sábado à noite, finalizando minha bela maquiagem, quando abro a Zero Hora e me deparo com mais uma edição do Festival da Mentira. Hora de alimentar o blog, afinal, o dever me chama!

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           A Zero Hora traz a matéria "Pente Fino contra o Nepotismo". Então tá. Vou escrever "180 Chibatadas para quem mente". Melhor assim?

          Pode ser que o Des. Voltaire ainda não tenha tomado conhecimento da grande quantidade de nepotes escondidos dentro do Tribunal - daí as declarações à Zero. Mas eu, que sou uma diligente servidora, vou tratar de informá-lo por aqui mesmo. Vamos lá?

Ivan Carlos Campos Ribeiro, araponga since 1984, e sua companheira Adriana Barcelos da Silva

Marcelo Albarello Martins, filho do Conselheiro João Osório, do TC

Vívian Pacheco dos Santos e sua irmã Luciana Pacheco dos Santos

Aline Mileski (o mano já foi pra casa)

Denise Nunes Meneghetti, seu irmão Danilo Nunes  e seu marido Marco Antônio Reinbrecht Meneghetti

Ana Lia Vinhas Hervé e seu rebento Rodrigo Vinhas Hervé

Maria Augusta Santos dos Santos, filha da concursada Mariana Santos dos Santos

Mariana Vernieri Machado, filha da concursada Jeanne Vernieri Machado

Cynthia Fischer e seu irmão Roger Fischer

Tatiana Schmidtt de Arruda, esposa do ex-diretor-e-gato Eduardo Arruda

Maria Lúcia Maraschin Santos, irmã do Des. Jorge Maraschin Santos

Gervásio Barcellos Júnior e sua irmã Mônica Barcellos Filippini

Fernando de Jesus Rovani, irmão do juiz Francisco de Jesus Rovani

Maria Teresa "Neka" Nedel Duarte, irmã da Des. Ana Maria Nedel Scalzilli

José Carlos Kasper, marido da concursada e sua chefe Maria Tereza Andrade Nunes

Rogério Missel Vasques e esposa, assessora de desembargador

Astrid Dorinha Peiter Brito, mulher do deputado Adolfo Brito

Marilete Inês Simonis e seu marido e literalmente subordinado Inácio Simonis

Ilza Terra Burlani, irmã de juíza

Marcelo Barata de Lacerda e sua irmã Mariana Barata de Lacerda Potter

        Agora, passemos às aberrações: o concursado Michel Wagner, sobrinho da Diretora da Processual, Maria Teresa Wagner, tem uma FG itinerante: onde ele vai, a FG vai atrás. Prova de que o acessório segue o principal, não é verdade? A FG é da Processual, foi dada pela titia, e vai com ele aonde ele estiver.

        Outra FG itinerante é a da Maria do Carmo Scartazzini de Moraes, que, mesmo licenciada do TJ para trabalhar no CEJUS, ao lado do maridão-e-múmia Chico, tem consigo a FG. Incrível, não é mesmo? A velha mania de tratar o Tribunal como a casa da gente...

          A monarquia vitalícia instituída na Equipe de Segurança, com suas chefias CCs, jurássicas, que se prolongam no tempo. Muito cacique pra pouco índio, aquilo lá. Está na hora de exonerar aquela cecezada toda e dar FGs aos concursados.

        E por falar em família, o Sindjus contratou como segurança o irmão do Diretor Jurídico Gílson. É a onda do nepotismo chegando ao sindicato, também.

troglodita

        Se tem mais? É claro que tem, gente. Estamos esperando as contribuições!

        Bom, agora que o Des. Voltaire foi informado, espero que ele pare de dizer que não tem nepotismo dentro do Tribunal. Vamos passar direito essa vassoura, não é? Não vá fazer como o Des. Armínio, que no mesmo dia em que negava o nepotismo, era publicamente desmentido pelo Conselheiro Mileski... bah, que chato!

gepeto

          Buenas, agora, eu já posso sair.

          Recomendações às famílias citadas e ao Eng. Marco Antônio.

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21 novembre 2008

Não estamos sozinhos!!!

         Bom dia, queridos colegas!

        Foi com imensa alegria que recebi, agora de manhã, uma carta da OEA - Organização dos Estados Americanos - a respeito da minha denúncia de vilipêndio aos meus direitos e do companheiro Bira, praticados pelo Tribunal de Justiça. Gostaria de dizer que não estamos sozinhos nesta batalha. O Bira, o Denior, o Sadao e eu estamos recebendo diversas manifestações de apoio por parte de autoridades honestas, pessoas de bem, colegas concursados, Organizações nacionais e internacionais. Nossa luta é pelo cumprimento da Constituição e dos Tratados aos quais o Brasil aderiu. Nada mais que isso. Não vamos esmorecer!

         Eu realmente sinto muito se o Presidente Armínio, outrora um grande incentivador da moralidade administrativa, hoje prefira perseguir os seus servidores pensantes. Não será colocando mordaça, muito menos reprimindo as nossas manifestações, que nos calaremos. Nós vamos denunciar tudo o que estiver contrariando as leis e o bom-senso. Afinal, entrando na Casa pela porta da frente, temos todo o direito de apontar as irregularidades e denunciar o desrespeito que estamos sofrendo. Ninguém aqui entrou por favor. Prestamos concurso, submetemo-nos a estágio probatório, e por isso nos diferenciamos dos cordados detentores de cargos em comissão, colegas que não podem abrir a boca por medo de perder o emprego.

       Em nome do Movimento Indignação, agradeço o apoio que estamos recebendo. Ontem passei no Tribunal e, como sempre, recebi carinhosos abraços e muitas palavras de apoio por parte dos colegas. Sinto saudades! A partir de agora, vamos lutar, todos juntos, para que ninguém mais seja perseguido por chefias insanas, por sindicâncias estúpidas e processos kafkianos. Que a causa de um seja a causa de todos!

       Agora sim, começo a vislumbrar o nascimento de um novo Poder Judiciário. Há alguns meses atrás, entre lágrimas, eu jurei que o Tribunal de Justiça haveria de respeitar os seus concursados. Hoje, com o apoio de um segmento íntegro de autoridades, da imprensa real, da sociedade, dos colegas, vejo que a semeadura valeu a pena. Afinal, como disse o Pessoa, "tudo vale a pena quando a alma não é pequena".

      Um ótimo final de semana!

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Um blog para lutar em defesa dos Servidores da Justiça do Rio Grande do Sul. Os autores propugnam pelos princípios republicanos; almejam uma sociedade justa

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